quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Independência ou morte!



Independência é a palavra do momento, bandas independentes, games independentes, arte independente, muitas pessoas se cansaram de ter limites ou regras parar administrar suas ideias e optaram por caminhar com suas próprias pernas, seja a área que for.
Nessa onda de bandas indie e o underground da música cada vez se popularizando mais começam a vir à mídia diversas bandas, cantores, músicos e artistas que nem sabíamos que existiam, alguns deles muito perto de nós, um exemplo são as bandas gaúchas que acabei descobrindo no documentário “Do Caos à Utopia” (Link e infos no final do post), trabalhos bons de caras que decidiram mudar o discurso de: “procurar uma grande gravadora” para lutar na rua dando a cara a bater.
Recentemente através de um amigo conheci um filme/documentário Canadense que mostra um pouco de como funcionam as produtoras de games independentes, de fato já sabia que existiam, quem nunca jogou Minecraft?Acabei caindo no indie dos games com Hotline Miami que a propósito é um game incrível.
Alguns diálogos do documentário me chamaram bastante atenção, a fala dos caras é a mesma que as vezes eu uso. Um em especial me chamou atenção, é de um dos dois produtores de Super Meat Boy, ele fala que não importa se o game deles não vender, pois ele não é feito para pessoas, ele é feito para eles, sobre eles e que se as pessoas preferirem “Modern Warfare” ou “Halo” tudo bem, porque ele acha esses jogos uma merda e ele não que fazer jogos de merda.
Em outro momento um produtor fala da importância do trabalho dele parar ele mesmo, que através dos games que ele produz ele se expressa, ele se aproxima das pessoas.
Esse pensamento de lutar pelos seus sonhos e seguir aquilo que te faz feliz, sem levar em conta salário ou algo do tipo, realmente amar aquilo que você faz é uma marca da nossa geração e esse quase surto de underground da arte em geral prova ainda mais isso.
Como um dos caras do Super Meat Boy disse: Eu não quero trabalhar pra EA, eu me sentiria no inferno.
Não sei até que ponto essa força de vontade é boa, mas ela impulsiona e nos leva a ingressar em ideias malucas a todo o momento, se você não é assim eu proponho que seja, pelo menos um pouco, acredite mais nas suas ideias e converse com pessoas, desenvolva-as, não vale à pena perder uma vida toda fazendo algo que não lhe faz feliz, pode ser ativismo de sofá, um novo game, uma camiseta com buracos para fone de ouvido ou até um novo sanduíche o que vale é correr atrás da sua ideia, colocar mais de você na sua vida.

Links:
Documentário bandas gaúchas - Do caos a Utopia
Documentário indie Games - Indie Games the Movie 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Eu não quero ser crente




Eu não sou “crente”, eu não quero ser, eu realmente não quero ser, não quero idolatrar cantores do meio gospel, ir a eventos de avivamento, não quero dar todo meu dinheiro pra igreja, não quero que todas as pessoas do mundo sigam meu pensamento e sejam como eu, não quero julgar os outros, nem falar dos irmãos pelas costas, não quero ter um ministério pentecostal em rebeldia ao meu pastor, não quero depender de cobertura espiritual de outra pessoa, não quero deixar de escutar foo fighters pra assistir a novela das 9, não quero ver filmes crentes pra amaciar meu estado de culpa, não quero pecar escondido e me fazer de santo, não quero em meio a uma fatalidade colocar em Deus a culpa pela morte de centenas de jovens, não quero ser responsável por envergonhar um movimento originalmente com base no amor, não quero ser o locutor de frases como: “A mão de Deus pesou sobre a vida do jovem”,  muito menos usar versículos fora de contexto pra justificar as babaquices que eu invento na cabeça e penso que Deus gostaria que eu falasse.

Eu quero ser um seguidor da VERDADE que Jesus disse, não quero ser seguidor das MENTIRAS que um aglomerado de fatores crentes me ensinaram ser correto, pois se a moda é usar versículos fora de contexto eu termino da mesma maneira. ”Que atire a primeira pedra quem nunca pecou”

Vou pedir em oração pelo resto da minha vida que eu não vire um CRENTE.


Em nome do blog gostaria de prestar minhas condolências a todas as famílias das vítimas do acontecido em Santa Maria, que Deus os conforte e dê força! 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O último discurso



Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar - se possível - judeus, o gentio ... negros ... brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma do homem ... levantou no mundo as muralhas do ódio ... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, emperdenidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas duas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio aproximaram-se muito mais. A próxima natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem ... um apelo à fraternidade universal ... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo afora ... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas ... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: "Não desespereis!" A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia ... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem os homens, a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais ... que vos desprezam ... que vos escravizam ... que arregimentam as vossas vidas ... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão! Não sois máquina!
Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar ... os que não se fazem amar e os inumanos.
Soldados! Não batalheis pela escravidão! lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o Reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou um grupo de homens, mas dos homens todos! Estás em vós! Vós, o povo, tendes o poder - o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela ... de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo ... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos.
Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontres, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergues os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos.

Charles Chaplin



Post adaptado do Pavablog

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O juiz




Quantas vezes julgamos um livro pela capa ou criticamos algo sem conhecer? Essa pergunta ecoou na minha mente durante alguns dias, a partir disso sem sermos hipócritas e reconhecendo nossos erros temos que admitir que fazemos isso o tempo todo, em todo lugar que vamos e encontramos pessoas desconhecidas as rotulamos sem se quer ter algum contato, vemos o cara com a camiseta de tal banda, logo vemos como se fosse estampada uma faixa em sua testa um conceito que tiramos da nossa cabeça sobre o cara, até mesmo o cidadão vestido meio esfarrapado meio mal encarado, as vezes pode ser apenas uma pessoas na pior, mas ai vem automaticamente aquele rótulo: vagabundo, drogado, mendigo, ladrão e por ai vai.

Hoje em dia ninguém admite que tem preconceito, que rotula as pessoas, mas faz isso o tempo todo sem perceber, se torna uma espécie de juiz de tudo e não só nas ruas mas em todo lugar, passamos criticando todas as coisas que vemos, reclamamos da segunda-feira, criticamos a música do vizinho, nos tornamos os críticos da arte, da política, do comportamento, como se tudo que víssemos fosse parar na coluna do jornal da segunda-feira.

Essa nossa capacidade de dar nome ao livro que vemos sem ler, ou até mesmo de desmerecer aquilo que não conhecemos é uma prática comum, mesmo negando até o fim deste post que você não faz isso em muitas situações, quem sabe poucas você fez isso, julgou a menina sem conversar com ela, xingou o cara no trânsito sem saber porque ele fez o que fez, além disso existem as pessoas que veem problema em tudo, que criticam até a sombra por ela mudar de posição com o sol, a pergunta é:Será que criticar tudo e todos, usando o argumento de que somos capazes de questionar e quem não questiona pode ser chamado de bitolado ou algo do gênero é bom? Porque passamos 90% do nosso dia criticando o que vemos na tv, na rua, escutamos em algum lugar ou no culto de domingo, da mesma maneira que dizemos ser tão liberais e lutadores dos princípios, que não queremos uma opinião distorcida e manipulada acabamos nos tornando os juízes do mundo, julgamos o tempo todo e vemos defeito em cada grão de areia da praia.

Se não temos a autoridade de julgar ninguém nesse mundo porque continuamos batendo o martelo pra tudo? Algumas vezes sem conhecer, outras sem entender.  

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Tanlan


A Tanlan é uma banda de rock gaúcha que conheci no ano passado, com um jeito novo de pensar e trazendo reflexões sobre a vida e seus percalços, mostrando um outro lado que podemos viver e aproveitar, um amor diferente do que conhecemos, além de uma sonoridade incrível, super trabalhada e de grande nível.

Chega de falar, ai vai um pouco do que é o trabalho dos caras, o qual eu tive a honra de assistir o lançamento no teatro do CIEE em terras gaúchas, um verdadeiro show.


Conheça mais da banda:
Soundcloud 
Tanlan.com.br